Hanako Showa, a paciente robô
Que tal um paciente que não sinta dor, que não expresse medo, que não se mova e não fale enquanto o dentista faz o procedimento e, principalmente, que não reclame do preço da consulta?
Para ter todas essas "qualidades", só sendo um robô, né? No Japão, não é bem assim....
Agora, até os andróides vão dar trabalho aos dentistas, ou melhor, aos acadêmicos de odontologia (é nois!) da universidade de Tóquio.
Partindo da idéia de que os "acidentes" de procedimento odontológico ocorrem em sua grande maioria no primeiro ano de excercício da profissão, cientistas da universidade resolveram construir uma cobaia mecânica para os futuros profissionais. O objetivo é simples: fazer com que os estudantes treinem e errem o máximo possível com o robô (coitado...) para que, quando encararem um paciente de carne e osso, executem um procedimento perfeito!
Para quem acha que é fácil tratar de uma "lata velha", saiba que o robô imita com bastante fidelidade o comportamento dos pacientes mais afoitos. Além de ser uma cópia muito bem feita de uma gueixa (de longe até que engana, viu?), ele é equipado com uma cavidade oral completa, com direito a todos os dentes, língua móvel, zonas sensíveis à dor e até mesmo secreção salivar.
O paciente cibernético geme quando o "motor" não é aplicado corretamente. Em sinal de dor intensa, ele vira a cabeça bruscamente, fecha a boca, arregala os olhos e joga os braços para trás. Em caso de um procedimento muito longo, ele pode apresentar sinais de fadiga, tendendo a fechar a boca e salivando compulsivamente.
Ah, e o robô tembém se comunica com o "doutor", respondendo às perguntas do estudante (em japonês, lógico). Mas nem adianta perguntar se a consulta vai ser paga à vista ou no cartão. Apesar de toda a tecnologia empregada, os cientistas esqueceram de um ítem essencial: o bolso...
Fonte: http://g1.globo.com/
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